Foi anunciado na terça-feira (20) a lista final de indicados ao Grammy Latino 2022 pela Recordin Academy. Entre os candidatos ao concorrido gramofone está o artista baiano Luiz Caldas com o álbum de forró “Remelexo Bom” na categoria Melhor Álbum de Raízes em Língua Portuguesa. Lançado em junho de 2021, o disco integra o projeto de lançamentos mensais que Luiz Caldas realiza desde 2013.
A cerimônia que irá revelar os vencedores do maior prêmio da Música Latino Americana será no dia 17 de novembro em Las Vegas. Este é o segundo ano consecutivo que Luiz Caldas é indicado ao Grammy Latino. No ano passado, foi o álbum “Sambadeiras” que mereceu a indicação, também na categoria Melhor Álbum de Raízes em Língua Portuguesa.
“Para mim, é uma coisa maravilhosa, uma sensação muito boa. Apesar de saber que, de uma certa forma, em termos de quantidade, eu tenha uma certa vantagem à frente dos meus colegas e concorrentes, afinal, eles gravam um disco por ano, ou mais, enquanto todo ano eu faço 12. Então, nesse cassino musical, eu aposto mais fichas que os outros. Mas isso tudo numa boa, qualquer um que vencer será super legal. Claro que quero ser o vencedor, mas se não for dessa vez novamente, ser indicado duas vezes consecutivas já é maravilhoso, um grande prêmio”, comemora ele.
Discípulo do amigo saudoso e para sempre mestre Luiz Gonzaga, Luiz Caldas preserva o forró na sua originalidade no álbum “Remelexo Bom”. Com a contribuição de quatro sanfoneiros de peso – Marquinhos Café, Jussiê do Acordeon, Daniel Novaes e Theus Oliveira -, e participação Carlinhos Brown numa das canções, o disco traz 10 faixas que compõem uma trilha sonora preciosa para quem busca fruir esse gênero musical saído das mãos de quem cultiva o forró nas suas fórmulas originais.
“O álbum é como um rio que molha a raiz do forró, deixando-a mais fértil e saudável. O que eu quero dizer é que eu estou usando fórmulas originais e antigas que sempre foram usadas no forró. É um disco com um instrumental cem por cento acústico, nada eletrônico, e eu trago um pouco da coisa jocosa nas letras”, comenta ele.
Foto de capa: André Fofano