O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou o interesse de criar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, ideia apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, para fortalecer o combate as organizações criminosas que vem conquistando cada vez mais território no país. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo núcleo investigativo da RecordTV, mostram que 53 facções estão espalhadas pelo país.
Em entrevista à Rádio Sociedade, nesta terça-feira (2), o petista afirmou que a PEC deve ter resistência dos governadores dos estados brasileiros, uma vez que hoje eles têm autonomia sobre as polícias civil e militar.
“Em 10 a 15 dias, vou chamar Lewandowski e todos os ministros que foram governadores de Estado (…) para que a gente possa fazer uma proposta de segurança pública sabendo que a gente vai enfrentar a recusa de muitos governadores, porque muitos reclamam da segurança, mas não querem abrir mão do controle da polícia. Não queremos ter ingerência, o que nós queremos saber é se é necessário o governo federal participar.”, afirmou Lula.
“Eu estou favorável que a gente tenha mais Polícia Federal, que a gente possa participar mais do processo de segurança, sobretudo no combate ao crime organizado, ao narcotráfico, às facções, porque hoje tomou conta do Brasil (…). Então, é uma coisa mais delicada, e eu acho que os estados sozinhos não dão conta”, disse ao citar a atuação do garimpo ilegal em Roraima e no Acre.
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