O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) anunciou, nesta terça-feira (14), o valor mínimo da diária a ser paga aos cordeiros que irão trabalhar no Carnaval de Salvador. Os profissionais devem receber, no mínimo, R$ 60 por cada dia de festa trabalhado.
Na comparação com 2020, última edição realizada antes da pandemia da covid-19, o reajuste da diária foi de R$ 7. Na época, o valor mínimo pago por dia trabalhado era de R$ 53. Porém, o valor pago pode variar a depender do bloco.
De acordo com Matias Silva, presidente do Sindicato dos Cordeiros (Sindicordas), os representantes da organização estarão no circuito para orientar os colegas. Eles ficarão atentos aos cumprimentos das regras estabelecidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
“Qualquer descumprimento do TAC, iremos acionar o MPT. Se o cordeiro não tiver luva, protetor de ouvido, seguro coletivo e/ou contrato individual, o bloco será punido”, reforçou.
Além do valor da diária, o MPT-BA estabeleceu 12 pontos para depósito do material reciclado juntado por catadores nos circuitos da folia. Segundo Luiz Carneiro, procurador-chefe do MPT na Bahia, o investimento feito na categoria em 2023 é o maior já realizado.
Além disso, o procurador-chefe contou que essa é a primeira vez em que as 14 cooperativas de catadores de resíduos sólidos estão cadastradas no Carnaval e envolvidas no processo de limpeza da cidade.
“Há quatro ou cinco anos, o investimento era muito baixo no que diz respeito aos catadores. Depois, foram investidos R$ 70 mil, R$ 400 mil e chegou ao investimento de R$ 1 milhão. Neste ano, o investimento é quase de R$ 2 milhões”, afirmou.