Silvana Oliveira entrevistou nesta quarta-feira (16) para o Conexão Sociedade a negociadora Jamile Cerqueira que explicou como negociar no dia-a-dia e divulgando a sua Mentoria Negociação do Eu Feminino
Para existir uma negociação é preciso que dois lados tenham posições diferentes, e a negociação requer diversas etapas até que as partes possam chegar a um denominador comum em que nenhuma delas seja prejudicada.
Sendo uma profissão nova e pouco conhecida, Jamile Cerqueira explica o que faz no seu trabalho. “Na prática, meu trabalho é fazer com que as partes em conflito elas decidam uma via de solução que fique bom para os dois lados, de uma forma muito simples, é fazer com que as duas partes acordem.” disse Jamile.
Uma das situações mais comuns que normalmente é necessária uma negociação, são as situações conjugais de casais que não encontram um acordo para resolução do conflito.
“Sempre na perspectiva para que eles entrem em um acordo, principalmente, quando se tem filhos. Eu tenho percebido situações em que a criança é o foco em tudo isso deságua. Não é o que ela quer ou o que ele quer, é o que é melhor para os dois, em consenso que é o que a gente busca, fazer o melhor, inclusive nesse caso, para a criança.”, alerta Jamile Cerqueira.
E explica o motivo de esta não ser a sua área de atuação, “A negociadora, aquilo que eu me proponho não seria algo judicial, a gente não chega a isso, quando a mediadora judicial a esfera já é outra, a minha esfera é anterior, eu quero que não entre nesse sentido.” esclareceu a negociadora.
Numa sociedade patriarcal, em que há não muito tempo as posições de liderança eram de homens, exercendo um domínio decisório sobre as mulheres. Na sociedade moderna, há uma ascensão das mulheres em posições de poder e podendo lidar de frente com essa estruturação social antes voltada aos privilégios masculinos.
“Na maioria das vezes existe um medo, uma vergonha, um pedido de desculpas. Quando eu olho para as mulheres, essa fragilidade de muitas vezes ainda não entender quem ela é, quem ela representa, o que ela tem em mãos. É necessário um posicionamento, quando a mulher não sabe pedir, não foi ensinada, é porque ela não se vê ainda nesse lugar. Você tem o direito de solicitar algo que é seu, na verdade, você não precisa solicitar, você precisa entender que aquilo ali te pertence, você não precisa que alguém te chancele.”,explica Jamile Cerqueira.
Jamile Cerqueira é mestre em gestão pela Southern Oregon University e comunicação social e utiliza de mecanismos de gestão para intermediar interesses entre as partes, seja comercial, conjugal ou jurídica. Certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Diplomacia Digital e Segurança Cibernética, também já trabalhou na embaixada brasileira em Cartum, no Sudão.
“Com esse processo é a negociação do eu feminino, é você com você mesma entendendo de onde você vem e para onde você quer ir, isso é todo um processo de autoconhecimento. A Mentoria Negociação do Eu Feminino, nessa mentoria, a gente parte do pressuposto para que você seja uma profissional com todas as suas habilidades ativadas e gatilhos extremamente on, você precisa negociar com você, o que você aceita e o que você não aceita.”, conclui a negociadora.
A mentoria acontece no dia 26 de outubro, na casa DUMATO na Rua Direita de Santo Antônio, Nº 71, Santo Antônio Além do Carmo, de 09h às 12h. Interessados podem contatar o direct @jamileccerqueira.
Assista a entrevista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: