A segunda fase da “Operação Cold” cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (16), na cidade de Piatã, a 576 quilômetros da capital, cujo os alvos foram os endereços residenciais de dois vigilantes investigados por suposto envolvimento em milícia privada que promove crimes patrimonial para gerar pânico e cenário de insegurança na cidade, com o objetivo de coagir comerciantes e população local a contratar serviço de vigilância noturna, para evitar serem vítimas de furtos cometidos por membros do próprio grupo criminoso. As investigações apontam, inclusive, indícios da prática de homicídio por integrantes da milícia.
A ação conjunta é deflagrada por equipes da Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão Mediante Sequestro da Secretaria da Segurança Pública, através da Corregedoria Geral, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), ambos do Ministério Público (MP).
Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Piatã, que têm o objetivo de colher provas do esquema investigado, sobretudo diante da dificuldade de colher depoimento formal de populares, que temem represálias dos agentes públicos supostamente envolvidos. Os vigilantes são investigados por prática de crimes patrimoniais, comércio ilegal de armas de fogo e crimes contra a vida. O material apreendido durante a operação será submetido a conferência e análise pericial e depois encaminhado aos órgãos competentes.
Modo de atuação
A dupla é suspeita de integrar uma milícia que atua no município de Piatã e cidades vizinhas. As investigações apontam que o grupo cometia assaltos à comerciantes, forçando os empresários a contratar serviços de segurança particular.
Além dos dois vigilantes presos na primeira fase, outras quatro pessoas, essas apontadas como mandantes, também foram capturadas. Um quinto integrante do bando segue foragido.
Veja as imagens da operação:
Fotos e vídeos: Poliana Lima