Sete mandatos de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (07), pela Polícia Federal (PF), na Prefeitura de Ilhéus e em residência e estabelecimentos comerciais de servidores públicos. A ação faz parte da Operação Trapaça, que é a segunda fase da Operação Nefanda, deflagrada pela PF em 2011, que combate o crime de desvio de recursos públicos federais utilizados no enfrentamento da pandemia de coronavírus em 2020.
Os mandados estão sendo cumpridos por 31 policiais federais em Ilhéus, Distrito de Olivença e Itabuna e foram expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus/BA.
De acordo com as investigações, foi constatado que o município de Ilhéus mediante dispensa de licitação, contratou uma empresa (haras) sem capacidade técnica e operacional para gerir o abrigo de campanha destinado ao acolhimento de pacientes infectados com Covid-19.
Segundo a Polícia Federal na Bahia, a empresa recebeu na época, mais de R$ 1.200.000,00,00 (um milhão e duzentos mil reais) para administrar o abrigo. O contrato foi analisado pela CGU que constatou superfaturamento de mais de 82% dos valores pagos.
Foi possível verificar também o envolvimento de servidores públicos municipais com o desvio dos recursos públicos do contrato.
Os investigados responderão pelos crimes de Fraude à licitação, Estelionato (art. 171 do Código Penal); Corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), Falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal).
Com informações da Polícia Federal na Bahia