Quatro militares das forças especiais do Exército (os chamados “kids pretos”) e um policial federal foram presos nas primeiras horas da manhã desta terça durante “Operação Contragolpe”.
A operação mira envolvidos em um planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022 e a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) .
Segundo informações da CNN, os presos são: Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, grupo treinado para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis; Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro (PL); Rafael Martins de Oliveira, integrante dos “kids pretos”; Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrante dos “kids pretos”; Wladimir Matos Soares, policial federal.
Atualmente, Mario Fernandes é assessor de gabinete do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.
A maioria dos investigados faziam parte das Forças Especiais (FE), os chamados “kids pretos”, e utilizavam de seus conhecimentos técnico-militares para articular o plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022.
Com as investigações, a PF descobriu que entre as principais ações, os envolvidos queriam matar Lula, Alckmin e prender e assassinar Moraes, “que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”. Eles pretendiam usar “recursos humanos e bélicos” e em seguida instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, integrado pelos próprios suspeitos para gerenciar os “conflitos institucionais originados em decorrência das ações”.
Nesta fase da operação, a polícia cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas de prisão que envolve a proibição de manter contato com demais investigados, de se ausentar do país, entrega do passaporte em até 24 horas e suspensão de funções públicas.
Por haver militares entre os alvos investigados, o Exército Brasileiro acompanhou a operação que foi realizada no Amazonas, Goiás, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.