A Polícia Civil do Rio Grande do Sul enviou, nesta terça-feira (14), o inquérito sobre o caso do deputado federal Mauricio Marcon (Podemos-RS) para a Polícia Federal (PF). O inquérito foi aberto a partir de um boletim de ocorrência registrado pelo deputado estadual Leonel Radde (PT-RS).
Em uma transmissão ao vivo realizada em seu perfil pessoal no Instagram, o parlamentar afirmou que a Bahia é um lugar “sujo” e de “pobreza”. Além de comparar o estado com o Haiti. No entendimento da delegada, após análise das declarações, houve crime de racismo nas falas de Marcon.
”Houve um preconceito com relação à origem. E esse crime é qualificado, tendo em vista que foi feito na rede mundial de computadores, o que acaba atingindo um público bem maior”, afirma a delegada Andréa Mattos.
Ela esclarece, ainda, que a imunidade parlamentar está limitada a eventuais delitos cometidos no exercício do mandato e em razão das funções realizadas. Os demais casos são julgados de acordo com a regra comum. Agora, a PF decidirá se dá ou não prosseguimento à investigação.
Em nota, o deputado disse que “reforço a inexistência de qualquer aspecto racial em minha manifestação, tendo a mesma caráter única e exclusivamente pertinente à zeladoria da capital baiana”.