Um acordo de cooperação internacional entre Salvador e a Repúblida do Benin foi assinado nesta sexta-feira (1) pela Prefeitura de Salvador. A ação tem como objetivo realizar uma troca de experiências entre os dois países e viabilizar investimentos feitos pelo governo beninense na Casa do Benin, equipamento cultural de intercâmbio gerido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). A assinatura ocorreu durante a abertura da exposição artística Ecos Malês na Casa das Histórias, no Comércio.
Segundo o cônsul honorário do Benin na Bahia, Marcelo Sacramento, o governo do Benin está disposto a fazer investimentos para equipar a Casa do Benin. “Isso será feito com infraestrutura, modernização, acessibilidade, restaurante, ar-condicionado e uma estrutura que propicie essa experiência, incluindo a participação de artistas beninenses, por exemplo, artistas que trabalham com pintura, artesanato, teatro e música. É essencial que a Casa do Benin seja de fato a expressão do que é o Benin hoje, de toda a sua história e de nossa relação”.
Esta cooperação internacional representa um marco significativo para Salvador e para a Casa do Benin. Estamos entusiasmados em fortalecer os laços culturais e históricos que nos unem ao Benin. Com os investimentos e a troca de experiências, poderemos revitalizar esse espaço, oferecendo ao público uma imersão autêntica na rica cultura beninense. A modernização da Casa não apenas valoriza nosso patrimônio compartilhado como impulsiona o turismo cultural em nossa cidade”, afirmou o presidente da FGM, Fernando Guerreiro.
Chefe do Escritório de Cooperação Internacional, vinculado ao Gabinete da vice-prefeita, Ana Paula Matos, Nathália Peixoto definiu a assinatura do memorando como uma forma de reconexão com os ancestrais. “A assinatura foi mais um marco para a história da cidade e para todo esse momento de reparação histórica que a gente trata com tanto respeito ao longo desses anos. Desde o nascimento do projeto Salvador Capital Afro, Salvador vem assumindo esse lugar de destaque, como sempre teve, mais de uma forma mais materializada, como maior capital afro do mundo. Isso não é à toa, temos em todo o nosso processo a nossa herança diaspórica que influencia muito na cultura que temos hoje na cidade, então firmar esse memorando é muito simbólico, acaba sendo uma forma de reconexão com as nossas raízes”.