O bolsonarista Adalton da Silva Araújo, 43 anos, morador da cidade baiana de Feira de Santana, foi uma das pessoas presas em flagrante durante os atos terroristas realizados no último domingo (8), em Brasília. Em depoimento à Polícia Civil, o baiano disse que viu a multidão entrar no prédio da Esplanada, quebrar vidros, mas não participou dos atos de vandalismo.
Segundo o documento, Adalton disse que chegou no Distrito Federal dois dias antes do protesto, com dois amigos, conhecidos como “Mineiro” e “Cal”, em um carro. Ele também contou que soube da manifestação por meio das redes sociais e que o veículo pertence a “Mineiro”.
Ao chegar na capital federal, o baiano ficou com os amigos em uma barraca, em uma área na frente do quartel general do Exército. Nesse local, o trio se alimentou em cozinhas voluntárias, instaladas pelos manifestantes.
Adalton, que tem um filho e mora no bairro Santa Mônica, contou à polícia que a alimentação não foi cobrada pelos manifestantes ao trio. Ele tem o ensino básico incompleto e disse ser evangélico.
Vandalismo
O baiano disse à polícia que, no dia da invasão, por volta das 14h, ele e maior parte dos manifestantes que estavam na barraca se deslocaram à Esplanada dos Ministérios, todos a pé, com a intenção de ocupar o espaço em frente as sedes dos três poderes.
De acordo com Adalton, o objetivo era se manifestar contra “as leis que estão por vir”, assim como pela impunidade que ele acredita existir no país. Afirmou também não ser homofóbico, mas que não concordava com a ideologia de gênero para crianças.
Adalton contou ainda que, ao entrar no prédio, viu soldados e manifestantes em oração, ajoelhados. O baiano afirmou que se juntou ao grupo.
Neste momento, segundo o morador de Feira de Santana, policiais entraram no local e mandaram todos deitar no chão. Em seguida, os manifestantes foram levados à delegacia.
O bolsonarista radical disse à polícia que não sabe quem financiou a alimentação, banheiros químicos, barracas e outras utilidades do acampamento, mas via comida e água chegar no local a todo momento.
Disse ainda que foi ao Distrito Federal por ser de “direita” e não pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ou pelo resultados das eleições.