O Brasil registrou um crescimento econômico notável em 2023, com dois terços desse aumento impulsionados pelo setor externo, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De uma alta de 2,9% observada no ano passado, 2 pontos percentuais foram atribuídos ao comércio com outros países, enquanto 0,9 ponto percentual originou-se do consumo interno e do setor produtivo brasileiros.
Segundo o IBGE, as exportações brasileiras cresceram 9,1%, impulsionadas pela desvalorização do real ante o dólar e pela alta dos preços das commodities no mercado internacional, especialmente nos setores da agropecuária e do extrativismo mineral. A agropecuária, aliás, registrou um crescimento de 15,1%, graças também às condições climáticas favoráveis e aos investimentos no setor.
O bom desempenho do setor externo também foi favorecido pela queda de 1,2% nas importações, contribuindo positivamente para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB).
Por outro lado, a demanda interna foi puxada principalmente pelo aumento de 3,1% do consumo das famílias. O consumo governamental também teve um crescimento significativo de 1,7%, atingindo o maior patamar da série histórica do PIB. No entanto, os investimentos tiveram uma queda de 3%, principalmente devido ao desempenho negativo dos investimentos em construção e em máquinas e equipamentos.
No que diz respeito à produção, a agropecuária e a indústria extrativa mineral foram os principais impulsionadores do PIB, com crescimentos de 15,1% e 8,7%, respectivamente. Os serviços também apresentaram um crescimento médio de 2,4%, destacando-se as atividades financeiras, de seguros e de serviços relacionados, com uma alta de 6,6%.
O PIB per capita registrou um crescimento de 2,2% em 2023, de acordo com os dados do IBGE.
Embora o desempenho do Brasil no primeiro semestre tenha sido positivo, com altas de 1,3% no primeiro trimestre e 0,8% no segundo trimestre, o segundo semestre manteve-se estável, sem altas ou quedas nos terceiro e quarto trimestres.