Nesta quinta-feira (24), o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, na Baía de Todos-os-Santos, completa seis anos. Em agosto de 2017, a tragédia causou a morte de 19 pessoas e deixou outras 54 feridas.
Quando o acidente ocorreu, a Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) ajuizou 46 ações contra a CL Transportes Marítimos , dona da embarcação. Desse total, cinco ficaram na comarca de Salvador e 41 em Itaparica.
Com o passar do tempo, alguns sobreviventes e familiares contrataram advogados particulares. Cerca de 36 processos ficaram com a Defensoria Pública, sendo 35 são da comarca de Itaparica e um de Salvador, sendo que todos são de caráter indenizatório.
Muitas ações foram concluídas em 2019, os autos finalizados foram enviados à Justiça. A expectativa é que o juiz determine a sentença de indenização.
A repórter da Rádio Sociedade da Bahia, Adriana Planzo, conversou com uma das sobreviventes da tragédia, Nilceia Teixeira, que continua fazendo a travessia. “Eu tenho medo ainda, mas como eu preciso, eu tenho que fazer. Quando tá jogando mesmo, que começa a entrar água, vem tudo de novo na cabeça, mas eu chamo por Deus, boto ele na frente e sigo meu caminho,” relatou a sobrevivente.
Ela acrescentou que mora na ilha e faz a travessia para ir ao médico.