Um fotografo foi agredido, nesta sexta-feira (6), por manifestantes bolsonaristas durante a ação de desmonte do acampamento localizado em frente à 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte (MG).
As Imagens mostram que o repórter e o cinegrafista conversavam com manifestantes quando uma mulher, com uma bandeira do Brasil enrolada no pescoço, jogou parte do equipamento de um colega no chão.
O jornalista reagiu e segurou o braço da mulher. Foi aí que ele e o cinegrafista foram golpeados por socos e chutes.
Uma briga generalizada começou e um terceiro jornalista, chegou a ser jogado no chão durante a confusão. Ele ainda não foi identificado. Um Guarda Municipal interveio e a confusão terminou. Até o momento, ninguém tinha sido preso. Confira o vídeo abaixo
Vídeo
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) enviou nota. Confira a íntegra abaixo:
“O ano de 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, o segundo caso em Minas Gerais. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) acompanha com preocupação os recentes ataques a jornalistas por parte dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército. Os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições, quando levantamento conjunto da FENAJ e da Abraji apontaram 70 episódios de agressão contra a categoria no país. Diante do nível de hostilidade dos manifestantes, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais. Também orientamos os profissionais agredidos a registrarem boletim de ocorrência. Pedimos, ainda, que as autoridades de segurança pública estaduais reforcem a vigilância em atos antidemocráticos. A FENAJ já enviou ofícios solicitando providências ao Ministério da Justiça e dando ciência dos casos à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom). Solicitaremos providências aos governos estaduais e ao Ministério Público Federal”.