Dado do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) aponta que o Brasil desperdiça quase 4 a cada 10 litros da água que deveriam ser entregues pelas empresas de abastecimento. Os dados apontam que, o volume de água jogada fora seria suficiente para atender 100% da população brasileira.
Em 2020, elas representavam 40,1% de tudo o que era captado. Em 2021, ficou em 39,3. Atualmente, a cobertura com água encanada é de cerca de 84%. Para o futuro, a meta do Ministério do Desenvolvimento Regional é que, até 2034, o total de perdas fique em 25%.
“Se nós reduzíssemos hoje esse percentual de perdas para 25%, nós deixaríamos de gastar R$ 6 bilhões/ano. Então, é um valor expressivo. Essa é uma prática que precisamos corrigir ou pelo menos melhorar esses resultados o quanto antes.”, disse o coordenador de Gestão Integrada da pasta, Paulo Rogério dos Santos, responsável pelo cálculo.
Para o secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), Sérgio Gonçalves, dinheiro jogado fora que poderia ser investido na melhoria do sistema. “É muito dinheiro, né, gente. O setor não tem R$ 6 bilhões de investimento nestes últimos anos, mais fortemente, como dinheiro já próprio”.
Só para se ter uma ideia, em 2021, as empresas públicas e privadas de abastecimento de água não chegaram a investir R$ 8 bilhões. As maiores perdas são nas regiões Norte, onde mais da metade, 51% do que é captado, é desperdiçado, e Nordeste, onde as perdas chegam a 46%.