A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta segunda-feira (15) um relatório que apontou o pagamento de R$ 3,89 bilhões indevidamente pelo programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família entre 2021 e 2022. Segundo o relatório, em 2022, foram pagos em média R$ 218 milhões mensalmente a 468 mil famílias com renda acima do permitido para integrar o programa.
O relatório revela ainda que R$ 171 milhões foram liberados para 367 mil famílias que não poderiam receber o montante por bloqueio ou desligamento devido a questões como trabalho infantil ou pendências no cadastro.
Se considerado o número médio de integrantes das famílias beneficiárias, cerca de 2,17 milhões de pessoas receberam o benefício de maneira indevida durante o período analisado.
Segundo os auditores, uma das causas do problema são as falhas na atualização e verificação de dados cadastrais no Cadastro Único do governo federal. “Constatou-se a existência de fragilidades nas informações registradas no CadÚnico e a necessidade de aprimoramento dos procedimentos utilizados pelos gestores para identificação de famílias com subdeclaração de rendas formais, a partir de validações dessas informações de renda com aquelas registradas em outras bases de dados governamentais”, diz o relatório.