No último final de semana, o surgimento da espécie de peixe no rio Jacuípe, em Feira de Santana, denominada pangasius, natural do rio Mekong do Vietnã, preocupou técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e demais órgãos ambientais. O pangasius é um predador que pode crescer até aos 130cm e alcançar 44 quilos. Sua vida útil estende-se ao longo de 20 anos.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental da SEMMAN, João Dias, adverte que a espécie representa um risco ao equilíbrio do meio ambiente. “É uma preocupação nossa, pois poderemos ter problemas futuros, como já ocorre, de espécies nativas desaparecendo”, esclareceu.
Ao demonstrar preocupação com equilíbrio ambiental, ele ressalta que é proibido introduzir no Brasil espécies exóticas e fala que essa não é a primeira vez. “Encontramos há dois anos atrás o jaguar, que é da América Central, e agora encontramos esse, que é um peixe da Ásia”, comenta.
A suspeita inicial é que a espécie tenha sido oriunda de aquário e, por crescer demais, foi descartada de forma imprópria em algum manancial que deságua no rio. “É muito comum essas espécies exóticas serem importadas e vendidas para aquários. Mas acontece que alguns desses peixes, como o pangasius, crescem muito, e acabam sendo descartados pelos seus donos em lagos e rios”, explica João Dias.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental reforça que a Secretaria de Meio Ambiente já vem realizando um trabalho de conscientização junto a pescadores para que não soltem no rio espécies desconhecidas. O mesmo alerta também vale para pessoas que criam peixes em aquários. “Qualquer pessoa que necessite se desfazer de um peixe, deve procurar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou o INEMA [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos]”, esclarece.
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