Fabrício Cunha conversou no Sociedade Urgente desta segunda-feira (16) com o deputado federal Félix Mendonça (PDT) que abordou articulações, projetos e situações políticas
Ao final de um ano eleitoral, é comum observar movimentações voltadas para a ocupação de cargos, nomeação de secretários e início do planejamento de futuras campanhas. Essa dinâmica reflete a alta frequência de eleições no país, que abrangem tanto o âmbito municipal quanto o nacional.
Quando questionado sobre uma possível fusão do Partido Democrático Trabalhista (PDT) com as outras siglas partidárias como PSDB e Solidariedade, o deputado federal descartou a possibilidade dessa fusão e afirma que neste momento não apoia nenhum dos lados e que isso é definido com o decorrer do processo
O deputado pedetista critica o comportamento em que alguns políticos eleitos, se mantêm a todo momento durante o mandato como se estivesse ainda em campanha. Mendonça afirma que é necessário viver o executivo, entender a situação econômica do país, ao invés de finalizar um período eleitoral já pensando nas eleições futuras.
“Nós temos que viver o executivo, dar as condições de trabalho para o governo e eleição deveria ser de 5 em 5 anos, sem reeleição para os candidatos do executivo e com limite de eleição para o legislativo.” dispara Félix.
Além de criticar o comportamento eleitoral dos políticos atualmente, o deputado federal reforça a necessidade de mudanças políticas, permitindo inovações dentro do executivo e legislativo.
“Então, nada pode ser perene, nem político. Tem que renovar, tem que entrar a geração nova, tem que dar lugar para outras pessoas, então, eu acho que a gente tinha que ter uma reforma política, essa reforma é urgente e emergente. Ninguém aguenta eleição de dois em dois anos, o país para o tempo todo, eu acho isso um absurdo.” completa Félix Mendonça.
O político também trouxe ao debate o funcionamento do sistema financeiro brasileiro, destacando a desigual distribuição dos recursos no país. Ele apontou que os serviços essenciais para atender às necessidades básicas da população carecem do investimento necessário para garantir um funcionamento adequado.
“De tudo que o Brasil arrecada hoje, você sabe quanto é aplicado na educação e na segurança? Menos de 3%, de tudo que o Brasil arrecada vai para educação, outros menos de 3% vai para a segurança pública, então, caos. Agora, sabe quanto vai para os bancos, para o sistema financeiro?! Mais de 50%.” relata o pedetista.
“Tira isso do superávit primário, tira isso das contas, para ninguém perceber, é tudo maquiado, é tudo formulado para que a população não veja a gravidade disso. O Banco Central independente para mim é uma lástima, ele não se reporta nem ao Tribunal de Contas.” completa Mendonça.
Assista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: