Em entrevista exclusiva ao Conexão Sociedade, o Promotor de Justiça e Coordenador do Gaep, Doutor Edmundo Reis, trouxe maiores informações sobre a transferência de Averaldo Ferreira da Silva Filho, conhecido como Averaldinho, para o presídio de segurança máxima de Serrinha.
A operação ocorreu na manhã desta quarta (28) e foi realizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal do MP (Gaep) e da Secretaria de Administração e Ressocialização do Estado (Seap), através do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop)
Doutor Edmundo informa que Averaldinho já havia sido preso numa “operação da Polícia Civil em razão de estar dentro do Presidio da Mata Escura delegando ordens para seus asseclas do lado de fora”. A partir de operações que foram realizadas no Conjunto Penal Masculino, foi possível a apreensão de aparelhos celulares que serviam para a comunicação com o ambiente externo, “persistindo na prática de comandar o crime, de dentro do presídio”, afirma.
O Gaeco com apoio do Gaep “solicitaram à Vocrim, Vara de crime Organizado, a colocação dele em regime disciplinar diferenciado, em um presídio de Serrinha”, conta o Promotor que enfatiza a atuação do Gaep que persiste nas operações com relação a “tentar coibir o máximo possível, com ajuda e com a cooperação da Secretaria de Administração Penitenciária, no sentido de tentar fazer com que essas lideranças que persistem no comando dos crimes a partir de dentro do presídio possam ser enfrentadas devidamente”.
O Regime Especial Disciplinar Diferenciado é estabelecido por lei, uma emenda que complementa a Lei de Execuções Penais (LEP). Se trata de uma espécie de regime de cumprimento de pena privativa da liberdade cujas regras são mais rígidas que as do regime fechado, podendo ser cumprido em presídios comuns ou em presídios federais.
Quanto aos impactos das transferências, o promotor conta que há dois impactos, um deles é o psicológico e econômico dentro da própria facção, já que pode haver uma mudança permanente ou transitória de liderança. O segundo impacto se dá em face do comprometimento da comunicação do criminoso com os comandados, havendo a possibilidade de arrefecer os crimes.
O coordenador relata que muito do que se observou “eram práticas de crimes, principalmente alí naquela região da orla, dirigido contra turistas, crimes contra o patrimônio que ele estava comandando de dentro do presídio”. A SEAP, junto com o Gaeco e com o Gaep tem feito inúmeras revistas visando outras lideranças buscando reduzir os impactos na segurança pública e reduzir os índices de criminalidade.
O promotor e Coordenador, Doutor Eduardo Reis encerra ressaltando: “Estamos empenhados em melhor servir e alcançar uma melhor condição de vivência em comunidade”
Assista a entrevista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: https://www.youtube.com/live/wp47p6onxrY?si=jvQl1guir2wJMy0p