O interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, declarou nesta sexta-feira (27), que o acampamento organizado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília estava diretamente envolvido nos atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro.
“Todas as ocorrências e os atos de vandalismo que ocorreram na capital federal tiveram sua organização, seu planejamento e seu ponto de apoio no acampamento, que virou um centro de construção de planos contra a democracia brasileira”, afirmou.
Ainda de acordo com Cappelli, o local montado em frente ao QG do Exército era “uma verdadeira minicidade golpista”. Entre as ocorrências ligadas ao acampamento estão as tentativas de explosão de bomba e de bloqueio do aeroporto.
O relatório apresentado pelo interventor também afirma que, no dia 6 de janeiro um alerta já havia sido emitido a respeito de uma ameaça prévia da invasão dos prédios públicos, no entanto, “houve falha operacional” por parte das autoridades de segurança da região.
De acordo com Cappelli, a falha operacional é um demonstrativo a instabilidade da gestão ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. “Fica claro o impacto da posse de Anderson Torres e da instabilidade que ele gerou na SSP com nomeações e trocas”, completou.