A enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia Rui Costa, candidata a vaga de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), tem demonstrado insatisfação com as críticas que vêm sofrendo desde a sua candidatura ao cargo.
Durante a sabatina realizada na manhã desta segunda-feira (6), ela informou que existe um ataque de cunho pessoal provocado pelo machismo estrutural e uma perseguição política.
“Não posso me furtar a dizer que tenho sido vítima do velho e ultrapassado hábito que, em pleno século 21, muitos ainda preservam, justamente tentando definir o lugar que a mulher deve ocupar na sociedade. Foi como se apontassem o dedo pra mim e falassem: ‘uma mulher não pode ocupar o cargo de Conselheira no Tribunal de Contas’. Apesar disso, recebi apoio de várias pessoas, como de muitas mulheres, que sabem e demonstram que a mulher pode ocupar na sociedade o lugar que ela quiser e estiver preparada”, disse.
Ainda sobre as críticas, a candidata também alega que possui uma extensa trajetória trabalhista e insistirá na candidatura, alegando que uma perseguição política também é reflexo do contexto atual que enfrenta.
“O problema maior é que muitas dessas críticas são de cunho pessoal, verdadeiras agressões a uma mulher, que tentam me desqualificar apenas por eu ser casada com o ex-governador da Bahia, Rui Costa. Toda a minha trajetória de vida e trabalho desenvolvido foi desconstruído, tentaram apagar a minha história”, contou em discurso emocionado.
Segundo a enfermeira, é necessário clareza e respeito com suas ações, principalmente por fatores políticos que vem manejando ao longo do tempo. Além disso, se faz preciso reconhecer a democracia e processo de candidatura, já que, segundo ela, não houve indicação política ao cargo.