No interior do Rio Grande do Sul, em Canoas, a Polícia Civil investiga um caso de tortura contra dois homens dentro de um supermercado após um suposto furto de picanha. As agressões feitas pelos funcionários foram registradas por uma câmera de segurança.
Após supostamente terem furtado dois pacotes de picanha, que custam R$ 100 cada, os homens foram levados até o depósito do supermercado, onde foram espancados por cerca de 45 minutos por cinco seguranças, além do gerente e subgerente do comércio.
É possível ver na imagem, um dos suspeitos do furto retirarem a picanha de dentro da blusa, e em seguida, receber socos, pontapés e uma rasteira. O segundo suspeito é levado para o mesmo lugar e os dois passam a ser agredidos juntos. Os funcionários utilizam uma madeira para desferir os golpes. Logo após a sessão de tortura, os funcionários posaram juntos para uma foto.
A violência aconteceu no dia 12 de outubro, mas o caso só veio à tona depois que uma das vítimas deu entrada em um hospital com ferimentos graves no rosto e cabeça. O paciente precisou ser colocado em coma induzido. A polícia fez uma busca no supermercado e descobriu que as imagens foram deletadas. As câmeras, no entanto, foram levadas para uma perícia.
Em nota, o supermercado informou que “repudia veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos” e que está “integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas”.
O empreendimento demitiu os funcionários suspeitos de envolvimento nas agressões e encerrou o contrato com a empresa terceirizada que era responsável pela segurança. Os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados por tortura e ocultação das provas. Já o subgerente por tortura e omissão.
Veja o vídeo da câmera de segurança:
Imagem: Reprodução