De acordo com dados da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA), a Bahia registrou um aumento de 163% na realização de divórcios e inventários em Cartórios de Notas, nos últimos dois anos, quando comparados à média do período anterior à liberação do serviço, antes feito apenas através da Justiça.
A mudança fez com que a economia aos cofres públicos, por causa da não necessidade de movimentação do Poder Judiciário, atingisse nos últimos dois anos a cifra de R$ 31 milhões. Na comparação com todo o período desde o início da realização destes atos na Bahia, em 2007, a economia chega à R$ 115,3 milhões.
Antes vedados pela legislação, a realização de inventários mesmo quando há testamento, agora é realizada em todos os estados do país, enquanto outros 19 estados já permitem divórcios mesmo quando há menores envolvidos (desde que questões relativas a guarda, alimentos e direitos tenham sido previamente resolvidas).
Ao contrário do que acontece no restante do país, a Bahia é um dos estados que ainda não permitiu nenhuma flexibilização, o que tem impedido a realização desses serviços nas serventias extrajudiciais.