O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) informou, nesta terça-feira (31), que abriu uma ação civil pública para processar os Correios por assédio moral organizacional. O caso, que está sendo investigado desde 2014, tramita na 16ª Vara do Trabalho de Salvador e possuí alcance nacional.
Antes de abrir a ação, o MPT-BA chegou a pedir a suspensão do processo para tentar ajudar em um acordo entre a empresa e funcionários, mas sem sucesso, o que faz a ação ser retomada agora.
Um dos focos do assédio apontado pelos funcionários é o setor jurídico. O chefe do setor é acusado de exercer pressão além do que é considerado como normal, perseguindo funcionários, dividir as responsabilidades de maneira desigual, além de ter conduta assediadora.
O inquérito diz ainda que havia um hábito de convocar reuniões para reprimendas, nas quais os empregados não podiam se manifestar. Depoimentos e provas como e-mails estão no processo. A empresa não agiu para tentar impedir o assédio, diz o MPT.
O procurador Ilan Fonseca assumiu o caso e envolveu outros órgãos e entidades da sociedade civil, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cerest Salvador, Cremeb e Associação dos Procuradores dos Correios, mas não houve acordo.