Uma força-tarefa formada por diversos órgãos resgatou nesta terça-feira (21), um grupo de sete trabalhadores da construção civil, incluindo um adolescente de 16 anos, em situação análoga à escravidão. Eles trabalhavam em uma obra na cidade de Barra Grande, no litoral sul da Bahia.
O grupo trabalhava para duas construtoras, uma com sede em São Paulo e outra do próprio município, cujos nomes não foram revelados.
Os trabalhadores foram encontrado em um local de trabalho que também funcionava como alojamento, sem registro de contrato de trabalho, equipamento de segurança, instalações sanitárias, água potável, local para refeições e em regime de jornadas exaustivas, acima de 52 horas semanais.
Após o resgate, os trabalhadores foram levados para uma pousada paga pelo empregador. Na manhã desta quarta-feira (22), a empresa responsável pela construção quitou as verbas rescisórias e assinou um termo de ajuste de conduta emergencial.
Com isso, os resgatados seguirão para suas casas, todas em municípios do interior do estado, onde permanecem sob acompanhamento da assistência social. O Ministério Público do Trabalho (MPT) ainda negocia com os empregadores um outro ajuste de conduta que preveja pagamento de indenização e outras obrigações.
Os nove resgatados receberam o total de R$150 mil referente às verbas rescisórias. Eles também terão direito a sacar três parcelas do seguro-desemprego especial.